Ontem estava no EsAEx ministrando uma palestra e participando de uma mesa de debates. Lógico que em um determinado momento entrou na pauta o assunto compras governamentais. Minha opinião: compras governamentais direcionadas devem ocorrer nos casos de demandas qualificadas para que as empresas adquiram novos conhecimentos e se tornem mais competitivas. Não é comprar mais do mesmo, é comprar algo inexistente e inovador com uma demanda qualificada e objetivo claro. Você quer um objetivo mais claro do que colocar um homem na lua?
Por um acaso, saiu na News.Com uma matéria sobre a influência da NASA no SV. Olhe estes dois trechos mostrando momentos completamente diferentes.
Primeiro momento:
“Several companies in what would become Silicon Valley benefited from the ambitious goals and budget largesse of the Apollo space program,” said Dag Spicer, the senior curator of the Computer History Museum, in Mountain View, Calif. “The stringent quality and performance requirements of (integrated circuits) for Apollo allowed early semiconductor companies to learn at government (that is, public) expense, a technology that would soon have broad application and whose price would plummet as these companies perfected manufacturing methods.”
E em um segundo momento, o cliente governo não era mais desafiador, o mercado já demandava mais que o governo:
“The irony of these early contracts was that, while they were welcome in the early 1960s (when) semiconductor companies were learning how to make integrated circuits, by 1970, government/military work was frequently viewed as a damper on profits and innovation since it took people and resources away from research and development into newer and more profitable commercial products.”