“Maravilha. Delícia. Já estou imaginando aqui essa carne nova, tenra, pele macia e ainda cheirando a leite. Talvez não seja apenas uma sessão de fotos. Acho que vou tentar mais que isso, quem sabe não consigo brincar um pouco com ela. A carinha de assustada me excita, me deixa satisfeito. É a mistura de medo e prazer…delícia. Toda cautela será necessária na hora de falar as coisas. Tenho que me certificar de que isso não vai dar problema. Mas preciso fazer isso…adoro. E as fotos…preciso de fotos. Preciso trocar algumas fotos na internet. Isso tá virando um vício já…mas eu gosto. Delícia. Tão delicada, tão inocente…nem vai saber o que está fazendo. Ainda é muito novinha. Peitinho ainda nem cresceu…delícia”.
“Hmmmm, balinhas e sorvete. Tudo o que eu queria mesmo. Quero de chocolate que é mais gostoso. Que horas é que o tio vai me dar os presentinhos? Será que tem boneca? Vou pentear os cabelos e passar batom, ela vai ficar linda para a festa de hoje de noite. O vestido eu quero rosa e os sapatos brancos. Quero mostrar pra Priscila, ela vai adorar. Se minha mãe deixar eu levar pra escola, né? Espero que deixe, pois, minha boneca vai ser a mais bonita de todas. E vamos fazer um desfile. A gente junta duas mesas e vira uma passarela. Que horas o tio vai me dar o sorvete? Eu não quero brincar disso não. Dói.”
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(Artigo 227 da Constituição Federal)