Violentamente Pacífico – Bairro da Paz

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“Se nós invertessemos os papéis, colocassemos aqui aqueles que se tem como mais claro, a elite, aqueles que se tem como sofisticados, civilizado, passasse fome mano, fosse rejeitado, fosse excluido, pagasse tudo e não tivesse acessibilidade. O brother, a tudo e todas as coisas como eles seriam? Qual seria o exemplo deles?”

“Outro fator prepoderente na parada que me deixa irritado que nos fazer perder o equilibrio é os caras que deveriam ser punido com contundencia, como está escrito na palavra que eu esqueci. Que os mestres quando vaciliam, quando os que tem mais quando vacilam devem receber duro castigo como exemplo, os caras tem imunidade parlamentar e isenção de impostos.”

“Imaginem, imaginem quando todos nos resolvermos ajustarmos as nossas contas. Imaginem quando só a título de bairro da Paz, 77.000 pessoas, resolverem montar uma quadrilha pra ir buscar o que é nosso”

“Nos estamos nos organizando para reinvididcar pacificamente para sermos violentamente pacifico e resistir pacificamente, se instrumentalizando neste aspecto, se politizando, se profissionalizando para ensinar a vocês da elite, a vocês mauricinhos, a vocês patricinhas e até mesmo pobre misseráveis do gueto”

Helio Jaguaribe na Revista FAPESP

O senhor, aliás, afirma que os grandes problemas do Brasil são fruto de uma crise ética.

Esse é um problema muito complicado porque tem raízes estruturais e circunstâncias ocasionadoras de um agravamento ou, o contrário, de uma melhora. O problema da crise ética tem muito a ver com cultura. Os países de cultura católica têm tendência à crise ética. Os países de cultura protestante têm tendência a uma afirmação ética mais nítida, porque o protestantismo é uma opção ética, e não ideológica, e o catolicismo é uma opção ideológica, e não ética. Aí entra uma formação de base que será permanente; católico ou não na prática, o Brasil será sempre católico na cultura e nessa medida haverá sempre um problema ético, que é típico das culturas católicas. Situações como o descrédito do Congresso e dos políticos não podem ser modificadas por gritas da opinião pública, mas apenas pela reforma do processo político. Nós tivemos capacidade de formar uma competente elite empresarial, uma razoável elite cultural e não tivemos capacidade de formar uma boa elite política. Então há uma falha no processo brasileiro, que é o fato de que a política não está mobilizando pessoas adequadas, mas sim oportunistas.”

Se você gosta de ciência assine a Revista FAPESP. Melhor relação custo benefício que eu conheço. Veja o resto da entrevista que você lê na integra aqui.

Clemente Nóbrega – O Senado Federal, a falta de higiene, e a grande inovação brasileira.

Nunca (que eu me lembre) costumo copiar integralmente posts ou textos de outros sites, mas neste caso estou fazendo uma exceção, pois gostaria que este texto tivesse a maior divulgação possível. O original está no site do Clemente Nóbrega aqui:

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O Senado Federal, a falta de higiene, e a grande inovação brasileira

Li que o Senado Federal tem 10 mil funcionários para 81 senadores (será que li direito,gente?).
Soube também que contrataram a FGV para fazer propostas para a reorganização “da casa”. Hmmmm, estou sentindo aquele cheiro no ar de novo…..
Há situações em gestão (como na vida) em que não é preciso técnica nem conhecimento, basta água e sabão. Se você não toma banho, não corta as unhas, não usa desodorante, não admira que as pessoas fujam de você. É falta de higiene,cara!
Este blog tem opinião.
Dez mil funcionários para 81 senadores? O problema do Senado da República é falta de higiene. Água e sabão. Chega de análises! Não precisa consultoria! Vão tomar banho!
Ainda no espírito dos dois últimos posts: a grande inovação brasileira , para mim, seria o desmantelamento da mentalidade soma zero que impera no “tecido” do país. Lembrem-se, há contextos em que não se consegue não ser corrupto, mesmo que não se queira ser corrupto. NÃO DEPENDE SÓ DE SUA OPÇÃO COMO INDIVÍDUO, DEPENDE DO CONTEXTO EM QUE VOCÊ ESTÁ TAMBÉM
Esta, para mim, é a tragédia brasileira.
Mudar essa mentalidade (que gente culta chama de “patrimonialista”, mas que eu, ignorante das sutilezas sociológicas, chamo de “vagabunda” mesmo) exige um tipo de líder que não existe no Brasil. E não existe porque quem “chega lá” politicamente, tem que se comprometer com o “mau cheiro” se não , não fica lá.
Ser popular não tem nada a ver com ser líder.
O tipo de liderança de que precisamos não será popular. Só pode ser exercida por uma geração de líderes que não tenha como prioridade a permanência no poder a qualquer custo. A proposta delas teria de ser o equivalente brasileiro ao “sangue, suor e lágrimas” de Winston  Churchill.
Reformar os sistemas jurídico e político do Brasil é mais importante para a inovação brasileira do que políticas de  “investimentos em inovação”. Essas “coisinhas” produziriam mais efeito do que todo o pré sal,  do que todos os investimentos em “tecnologia” que possamos fazer, porque atuariam diretamente no coração do problema: nosso enorme deficit da noção de confiança, o que se reflete na ausência de um destino compartilhado, o que leva tanto as elites como as massas a serem soma zero.
A relação de causa e efeito entre confiança e riqueza não é perfeita (pois confiança não é o único fator que determina os níveis de cooperação de um país) mas, cá pra nós, você não acha que já temos pistas suficientes para explicar nossa incompetência em inovar, não?

Bola pra frente…

  • Prefeito de Ubaitaba tem prisão preventiva declarada na sexta do terror do TJ baiano. (aqui)
  • Cacciola tem aprovação da extradição para o Brasil. (aqui)

Acabar com a impunidade é o primeiro passo para melhorar o nosso país. Na minha opinião nada é mais importante do que isso. Nem mesmo educação. Se resolvermos a impunidade de forma ampla, as outras coisas melhoram sensivelmente.

Bola pra frente…

Não é brincadeira isso… (by Laert Yamazaki)

Sou homem, maior de idade.
“Maravilha. Delícia. Já estou imaginando aqui essa carne nova, tenra, pele macia e ainda cheirando a leite. Talvez não seja apenas uma sessão de fotos. Acho que vou tentar mais que isso, quem sabe não consigo brincar um pouco com ela. A carinha de assustada me excita, me deixa satisfeito. É a mistura de medo e prazer…delícia. Toda cautela será necessária na hora de falar as coisas. Tenho que me certificar de que isso não vai dar problema. Mas preciso fazer isso…adoro. E as fotos…preciso de fotos. Preciso trocar algumas fotos na internet. Isso tá virando um vício já…mas eu gosto. Delícia. Tão delicada, tão inocente…nem vai saber o que está fazendo. Ainda é muito novinha. Peitinho ainda nem cresceu…delícia”.

Sou criança, menor de idade.
“Hmmmm, balinhas e sorvete. Tudo o que eu queria mesmo. Quero de chocolate que é mais gostoso. Que horas é que o tio vai me dar os presentinhos? Será que tem boneca? Vou pentear os cabelos e passar batom, ela vai ficar linda para a festa de hoje de noite. O vestido eu quero rosa e os sapatos brancos. Quero mostrar pra Priscila, ela vai adorar. Se minha mãe deixar eu levar pra escola, né? Espero que deixe, pois, minha boneca vai ser a mais bonita de todas. E vamos fazer um desfile. A gente junta duas mesas e vira uma passarela. Que horas o tio vai me dar o sorvete? Eu não quero brincar disso não. Dói.”

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

(Artigo 227 da Constituição Federal)

Denuncie esse tipo de absurdo

Por que o Brasil é ruim de inovação?

Este texto do Clemente Nóbrega é excelente, pois vai além das questões óbvias que levam a uma determinada sociedade ser inovadora.  Pode um país conhecido pelo jeitinho brasileiro ser inovador? Um país baseado em cartórios? Eu sinceramente vou acreditar muito mais no Brasil no dia que os cartórios perderem 90% das funções que exercitam. O cartório para mim é o ápice de como um brasileiro não confia no outro, necessitando que um terceiro autentique documentos e firmas.

Bom texto

O que você tem a ver com corrupção

Vídeo de uma campanha a ser lançada em 2008 do Ministério Público. O pessoal tem que pensar em termos de máximo local versus global. Considerando que existisse uma função que fosse correspondente aos ganhos, a Lei de Gerson é boa para otimizar um máximo local (indíviduo) e péssima para o máximo global que é a nossa sociedade. Não é coincidência que países com maior percepção de corrupção são os mais desiguais, com piores índices de IDH etc.